DOMINGO DE RAMOS
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DOMINGO DE RAMOS
DA PAIXÃO DO SENHOR
RITOS INICIAIS
Irmãos e irmãs, abrindo a Semana Santa, fazemos memória dos passos de Jesus em sua entrada em Jerusalém para sofrer a Paixão e morrer por nossos pecados. Ele vai à Jerusalém para cumprir as Escrituras e ser pregado no lenho da cruz, o santo trono que o será para sempre, atraindo a Si a humanidade e oferecendo a todos o dom da redenção. Iniciemos nossa celebração, cantando.
1. Canto da entrada
Os filhos dos hebreus, com ramos de palmeira/ Correram ao encontro de Jesus, nosso Senhor,/ Cantando e gritando: Hosana, ó Salvador!/ Cantando e gritando: Hosana, ó Salvador!
1. O mundo e tudo que tem nele é de Deus/ A terra e os que aí vivem, todos seus/ Foi Deus que a terra construiu por sobre os mares/ No fundo do oceano, seus pilares!
2. Quem vai morar no templo de sua Cidade?/ Quem pensa e vive longe das vaidades./ Pois Deus, o Salvador o abençoará/ No julgamento o defenderá!
(Onde não houver equipe de canto, o sacerdote recita as antífona da entrada e da comunhão propostas ao longo deste documento:
Seis dias antes da solene Páscoa, quando o Senhor veio a Jerusalém,
correram até ele os pequeninos.
Trazendo em suas mãos os ramos e as palmas,
em alta voz cantavam em sua honra:
Bendito és tu que vens com tanto amor!
Hosana nas alturas!)
2. Saudação inicial
P. Em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.
R. Amém.
P. O Senhor, que encaminha nossos corações para o amor de Deus e a constância de Cristo, esteja convosco.
R. Bendito seja Deus que nos reuniu no amor de Cristo.
3. Ato penitencial
P. Em Jesus Cristo, o Justo, que intercede por nós e nos reconcilia com o Pai, abramos o nosso espírito ao arrependimento para sermos menos indignos de aproximar-nos da mesa do Senhor.
(Instante em silêncio)
Senhor, que fazeis passar da morte para a vida quem ouve a vossa palavra, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.
P. Cristo, que quisestes ser levantado da terra para atrair-nos a vós, tende piedade de nós.
R. Cristo, tende piedade de nós.
P. Senhor, que nos submetestes ao julgamento da vossa cruz, tende piedade de nós.
R. Senhor, tende piedade de nós.
P. Deus todo-poderoso, tenha compaixão de nós, perdoe os nossos pecados e nos conduza à vida eterna.
R. Amém.
4. Oração do dia
P. Oremos.
Deus eterno e todo-poderoso, para dar aos homens um exemplo de humildade, quisestes que o nosso Salvador se fizesse homem e morresse na cruz. Concedei-nos aprender o ensinamento da sua paixão e ressuscitar com ele em sua glória. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
R. Amém.
LITURGIA DA PALAVRA
5. Primeira leitura – Is 50,4-7
Leitura do Livro do Profeta Isaías.
O Senhor Deus deu-me língua adestrada, para que eu saiba dizer palavras de conforto à pessoa abatida; ele me desperta cada manhã e me excita o ouvido, para prestar atenção como um discípulo. O Senhor abriu-me os ouvidos; não lhe resisti nem voltei atrás. Ofereci as costas para me baterem e as faces para me arrancarem a barba; não desviei o rosto de bofetões e cusparadas. Mas o Senhor Deus é meu Auxiliador, por isso não me deixei abater o ânimo, conservei o rosto impassível como pedra, porque sei que não sairei humilhado. Palavra do Senhor.
6. Salmo responsorial – Sl 21
R. Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes?
1. Riem de mim todos aqueles que me veem,*
torcem os lábios e sacodem a cabeça:
'Ao Senhor se confiou, ele o liberte*
e agora o salve, se é verdade que ele o ama!'
2. Cães numerosos me rodeiam furiosos,*
e por um bando de malvados fui cercado.
Transpassaram minhas mãos e os meus pés
e eu posso contar todos os meus ossos.*
Eis que me olham e, ao ver-me, se deleitam!
3. Eles repartem entre si as minhas vestes*
e sorteiam entre si a minha túnica.
Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe,*
ó minha força, vinde logo em meu socorro!
4. Anunciarei o vosso nome a meus irmãos*
e no meio da assembleia hei de louvar-vos!
Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores,
glorificai-o, descendentes de Jacó,*
e respeitai-o toda a raça de Israel!
7. Segunda leitura – Fl 2,6-11
Leitura da Carta de São Paulo aos Filipenses.
Jesus Cristo, existindo em condição divina, não fez do ser igual a Deus uma usurpação, mas ele esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de escravo e tornando-se igual aos homens. Encontrado com aspecto humano, humilhou-se a si mesmo, fazendo-se obediente até a morte, e morte de cruz. Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome. Assim, ao nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua proclame: 'Jesus Cristo é o Senhor', para a glória de Deus Pai.
Palavra do Senhor.
8. Aclamação ao Evangelho
Salve, ó Cristo obediente,/ salve, Amor onipotente,/ Que te entregou à cruz/ e te recebeu na luz!
1. O Cristo obedeceu até a morte,/ Humilhou-se e obedeceu o bom Jesus,/ Humilhou-se e obedeceu, sereno e forte/ Humilhou-se e obedeceu até a cruz.
9. Evangelho – Ano A – Mt 27,11-54 (forma breve)
Nota: Aqui se propõe a forma breve do Evangelho. Caso o presidente opte por proclamar a forma longa, esta virá ao final deste documento, no apêndice.
(P. Presidente; L1. Leitor 1; L2. Leitor 2; G. Grupo).
P. Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo Mateus.
L1. Naquele tempo, Jesus foi posto diante de Pôncio Pilatos, e este o interrogou:
L2. “Tu és o rei dos judeus?”
L1. Jesus declarou:
P. “É como dizes”,
L1. e nada respondeu, quando foi acusado pelos sumos sacerdotes e anciãos. Então Pilatos perguntou:
L2. “Não estás ouvindo de quantas coisas eles te acusam?”
L1. Mas Jesus não respondeu uma só palavra, e o governador ficou muito impressionado. Na festa da Páscoa, o governador costumava soltar o prisioneiro que a multidão quisesse. Naquela ocasião, tinham um prisioneiro famoso, chamado Barrabás. Então Pilatos perguntou à multidão reunida:
L2. “Quem vós quereis que eu solte: Barrabás ou Jesus, a quem chamam de Cristo?”
L1. Pilatos bem sabia que eles haviam entregado Jesus por inveja. Enquanto Pilatos estava sentado no tribunal, sua mulher mandou dizer a ele:
L2. “Não te envolvas com esse justo! Porque esta noite, em sonho, sofri muito por causa dele”.
L1. Porém, os sumos sacerdotes e os anciãos convenceram as multidões para que pedissem Barrabás e que fizessem Jesus morrer. O governador tornou a perguntar:
L2. “Qual dos dois quereis que eu solte?”
L1. Eles gritaram:
G. “Barrabás”.
L1. Pilatos perguntou:
L2. “Que farei com Jesus, que chamam de Cristo?”
L1. Todos gritaram:
G. “Seja crucificado!”
L1. Pilatos falou:
L2. “Mas que mal ele fez?”
L1. Eles, porém, gritaram com mais força:
G. “Seja crucificado!”
L1. Pilatos viu que nada conseguia e que poderia haver uma revolta. Então mandou trazer água, lavou as mãos diante da multidão, e disse:
L2. “Eu não sou responsável pelo sangue deste homem. Este é um problema vosso!”
L1. O povo todo respondeu:
G. “Que o sangue dele caia sobre nós e sobre os nossos filhos”.
L1. Então Pilatos soltou Barrabás. Mandou flagelar Jesus, e entregou-o para ser crucificado. Em seguida, os soldados de Pilatos levaram Jesus ao palácio do governador e reuniram toda a tropa em volta dele. Tiraram sua roupa e o vestiram com um manto vermelho; depois teceram uma coroa de espinhos, puseram a coroa em sua cabeça, e uma vara em sua mão direita. Então se ajoelharam diante de Jesus e zombaram, dizendo:
G. “Salve, rei dos judeus!”
L1. Cuspiram nele e, pegando uma vara, bateram na sua cabeça. Depois de zombar dele, tiraram-lhe o manto vermelho e, de novo, o vestiram com as próprias. Daí o levaram para crucificar. Quando saíam, encontraram um homem chamado Simão, da cidade de Cirene, e o obrigaram a carregar a cruz de Jesus. E chegaram a um lugar chamado Gólgota, que quer dizer “lugar da caveira”. Ali deram vinho misturado com fel para Jesus beber. Ele provou, mas não quis beber. Depois de o crucificarem, fizeram um sorteio, repartindo entre si as suas vestes. E ficaram ali sentados, montando guarda. Acima da cabeça de Jesus puseram o motivo da sua condenação: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus”. Com ele também crucificaram dois ladrões, um à direita e outro à esquerda de Jesus. As pessoas que passavam por ali o insultavam, balançando a cabeça e dizendo:
G. “Tu que ias destruir o Templo e construí-lo de novo em três dias, salva-te a ti mesmo! Se és o Filho de Deus, desce da cruz!”
L1. Do mesmo modo, os sumos sacerdotes, junto com os mestres da Lei e os anciãos, também zombavam de Jesus:
G. “A outros salvou... a si mesmo não pode salvar! É Rei de Israel... Desça agora da cruz! E acreditaremos nele. Confiou em Deus; que o livre agora, se é que Deus o ama! Já que ele disse: “Eu sou o Filho de Deus”.
L1. Do mesmo modo, também os dois ladrões que foram crucificados com Jesus o insultavam. Desde o meio-dia até as três horas da tarde, houve escuridão sobre toda a terra. Pelas três horas da tarde, Jesus deu um for te grito:
P. “Eli, Eli, lamá sabactâni?”,
L1. que quer dizer:
P. “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?”
L1. Alguns dos que ali estavam, ouvindo-o, disseram:
G. “Ele está chamando Elias!”
L1. E logo um deles, correndo, pegou uma esponja, ensopou-a em vinagre, colocou-a na ponta de uma vara, e lhe deu para beber. Outros, porém, disseram:
G. “Deixa, vamos ver se Elias vem salvá-lo!”
L1. Então Jesus deu outra vez um for te grito e entregou o espírito.
(Aqui todos se ajoelham e faz-se uma pausa.)
L1. E eis que a cortina do santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muito corpos dos santos falecidos ressuscitaram! Saindo dos túmulos, depois da ressurreição de Jesus, apareceram na Cidade Santa e foram vistos por muitas pessoas. O oficial e os soldados que estavam com ele guardando Jesus, ao notarem o terremoto e tudo que havia acontecido, ficaram com muito medo e disseram:
G. “Ele era mesmo Filho de Deus!”
P. Palavra da salvação.
10. Homilia
11. Profissão de fé
12. Oração dos Fiéis
P. Aproximando-se, irmãos, a solenidade da Páscoa, invoquemos o Senhor com mais insistência, para que todos nós, o povo cristão e o mundo inteiro, possamos participar mais plenamente do mistério da morte e ressurreição do Senhor. Após cada prece, digamos juntos:
R. Salvai-nos, Senhor.
1. Pela santa Igreja, seus ministros e fiéis, para que, vivendo na fé o mistério da Paixão, recolham da árvore da cruz o fruto da esperança, oremos.
2. Pelos que fazem as leis e julgam os homens, para que defendam os inocentes e os oprimidos e restabeleçam o direito e a verdade, oremos.
3. Pelos ateus e pelos cristãos sem fé, para que, à semelhança do centurião do Evangelho, descubram em Cristo crucificado o Filho de Deus, oremos.
4. Pelos doentes, os moribundos e os agonizantes, para que sintam junto de si o Salvador, que nas mãos do Pai entregou o seu espírito, oremos.
5. Por todos nós e pela nossa comunidade, para que, unidos à paixão e morte do Redentor, sejamos conduzidos à glória da Ressurreição, oremos.
P. Ó Deus, tende piedade da vossa Igreja em oração e escutai os corações que se voltam para vós, para que não falte vossos auxílios aos que participam de vossos divinos mistérios. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém.
LITURGIA EUCARÍSTICA
13. Apresentação das oferendas
Ó morte, estás vencida/ Pelo Senhor da vida,/ pelo Senhor da vida!
1. O Servo do Senhor/ fez sua, nossa dor.
2. De Adão a triste sorte,/ ao Cristo trouxe a morte.
3. Eis o Cordeiro mudo/ vazio está de tudo.
4. Amou a humilhação/ por ela a redenção.
5. O sangue no suplício,/ selou o sacrifício.
6. Transfigurou-se a cruz/ em símbolo de luz.
7. A Páscoa do Senhor/ remiu a nossa dor.
8. Por Ti, Senhor da glória,/ é nossa esta vitória.
9. Cruz, dor, ressurreição,/ eis nossa salvação!
14. Sobre as oferendas
P. Orai irmãos e irmãs, para que este nosso sacrifício seja aceito por Deus Pai, todo poderoso.
R. Receba, o Senhor, por tuas mãos este sacrifício, para a glória do seu nome para o nosso bem e de toda a Santa Igreja.
P. Ó Deus, pela Paixão de nosso Senhor Jesus Cristo sejamos reconciliados convosco, de modo que, ajudados pela vossa misericórdia, alcancemos pelo sacrifício de vosso Filho o perdão que não merecemos por nossas obras. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém.
15. Oração Eucarística III – MR p. 482
(Prefácio próprio – A Paixão do Senhor)
P. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
P. Corações ao alto.
R. O nosso coração está em Deus.
P. Demos graças ao Senhor, nosso Deus.
R. É nosso dever e nossa salvação.
P. Na verdade, é justo e necessário, é nosso dever e salvação dar-vos graças, sempre e em todo lugar, Senhor, Pai santo, Deus eterno e todo-poderoso, por Cristo, Senhor nosso. Inocente, Jesus quis sofrer pelos pecadores. Santíssimo, quis ser condenado à morrer pelos criminosos. Sua morte apagou nossos pecados e sua ressurreição nos trouxe vida nova. Por ele, os anjos cantam vossa grandeza e os santos proclamam vossa glória. Concedei-nos também a nós associar-nos aos seus louvores, cantando a uma só voz:
R. Santo, Santo, Santo...
RITOS DA COMUNHÃO
MR p. 500.
Antífona da Comunhão – Mt 26,42
Ó Pai, se este cálice não pode passar sem que eu o beba, faça-se a tua vontade.
16. Comunhão
Eu vim para que todos tenham vida,/ que todos tenham vida plenamente. (bis)
1. Reconstrói a tua vida em comunhão com teu Senhor./ Reconstrói a tua vida em comunhão com teu irmão/ Onde está o teu irmão, eu estou presente nele.
2. Eu passei fazendo o bem, eu curei todos os males,/ Hoje és minha presença junto a todo sofredor/ Onde sofre o teu irmão, eu estou sofrendo nele.
3. Entreguei a minha vida pela salvação de todos,/ Reconstrói, protege a vida de indefesos e inocentes/ Onde morre o teu irmão, eu estou morrendo nele.
17. Depois da comunhão
P. Oremos.
Saciados pelo vosso Sacramento, nós vos pedimos, ó Deus: como pela morte do vosso Filho nos destes esperar o que cremos, dai-nos pela sua ressurreição alcançar o que buscamos. Por Cristo, nosso Senhor.
R. Amém.
18. Oração pelas vocações sacerdotais e religiosas
RITOS FINAIS
19. Benção Final (MR p. 522)
P. O Senhor esteja convosco.
R. Ele está no meio de nós.
P. O Pai de misericórdia, que vos deu um exemplo de amor na paixão do seu Filho, vos conceda, pela vossa dedicação a Deus e ao próximo, a graça de sua benção.
R. Amém.
P. O Cristo, cuja morte vos libertou da morte eterna, conceda-vos receber o dom da vida.
R. Amém.
P. Tendo seguido a lição de humildade, deixada por Cristo, participeis igualmente da sua ressurreição.
R. Amém.
- AbençX e Espírito Santo.
R. Amém.