Halloween: Desvendando as Raízes Católicas e Advertências para Famílias Cristãs
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Halloween, certamente, você já ouviu falar sobre esse dia e também ouviu algumas pessoas dizendo que não é certo celebrar ou comemorar esse dia, que aqui no Brasil chamamos de "dia das bruxas". Vamos entender o significado dessa data?
A palavra “Halloween” vem de “All Hallows’ Eve”, que significa “Vigília de Todos os Santos”. A Solenidade de Todos os Santos é comemorada pela Igreja Católica no dia 1º de novembro; logo, o dia 31 de outubro é a celebração de sua vigília, como costuma acontecer com as grandes solenidades.
A comemoração de Todos os Santos no dia 1º de novembro remonta ao século VIII. No século seguinte, quando a celebração foi estendida a toda a Igreja, surgiu a expressão inglesa All Hallow’s Eve, ou Halloween. Em 998, Santo Odilo, o abade da abadia de Cluny, na França, acrescentou à festividade um dia de oração pelos fiéis defuntos, no dia 2, costume que em seguida foi oficializado e se espalhou pelo mundo.
Segundo o padre dominicano Augustine Thompson, a comemoração atual do Halloween recolhe contribuições irlandesas, inglesas e francesas. Da Irlanda do século XI, veio o costume de entender os dias 31 de outubro e 1º e 2 de novembro como um tríduo: o dia 2 como dia de oração pelas almas do purgatório, o dia 1º como celebração das almas que estão no céu e o dia 31, então, como lembrança das almas do inferno.
Uma prática piedosa esquecida, também com essa finalidade, é a de dar esmolas, da qual se origina a famosa brincadeira de "doces ou travessuras" (trick-or-treat): a princípio, eram os pobres pedintes que batiam às portas das casas das famílias, esperando receber delas o "pão das almas"; com o tempo, porém, esse pão foi se sofisticando e sendo substituído por doces das mais variadas formas, os quais passaram a ser distribuídos também às crianças. Outro fato curioso é que, possivelmente, foram as visitas aos cemitérios cristãos que deram origem ao costume hoje vigente no Halloween de se acender uma vela dentro de uma abóbora.
Construídos ao lado das igrejas, os cemitérios eram terrenos muito limitados, pelo que, em alguns lugares, a fim de dar espaço a outros defuntos, os ossos dos falecidos há mais tempo eram colocados em um lugar à parte, onde, ao mesmo tempo, velas eram acendidas para se fazer oração. É da pedagogia cristã, por fim, que parecem vir os trajes de demônios e afins, que hoje as pessoas vestem: no começo, esses costumes eram usados nas artes para catequizar as crianças e ensinar-lhes a Fé, incutindo nelas, desde a mais tenra idade, as verdades eternas. Assim os filhos aprendiam a existência dos demônios e do inferno, a pena eterna devida pelo pecado mortal, a possibilidade real de condenar-se para sempre, etc.
Muitos sacerdotes exorcistas atestam essa verdade na prática de seu ministério: é grande a contaminação que recebem muitas crianças e jovens ao participarem das aparentemente "inofensivas" brincadeiras desta que constitui, agora, uma festividade puramente pagã. Por isso, recomenda-se às famílias católicas que evitem tomar parte nessas comemorações e não permitam que seus filhos se caracterizem como bruxos, demônios e coisas afins. O Padre Paulo Ricardo inclusive diz que ‘Podemos até admitir que a origem do Halloween seja católica; festejá-lo da forma mundana como ele é festejado hoje constitui muito mais um mal que propriamente um bem.
É claro que as famílias cristãs podem — e devem — servir-se dessa ocasião, em suas casas, para restaurar o autêntico sentido católico do dia 31 de outubro, que é aproveitar a proximidade da festa de Todos os Santos para inspirar as crianças e os jovens a imitarem o exemplo desses amigos de Deus e aspirarem ao destino eterno que eles alcançaram. Uma boa sugestão nesse sentido seria, ao invés de impor nos filhos os costumes dos condenados ao inferno, vesti-los com roupas de santos. Vesti-los de santos, sim, o que não significa necessariamente vesti-los com hábitos clericais ou religiosos, porque afinal, como nos ensina a história da Igreja, a santidade é para todas as pessoas, independentemente do estado de vida — e da faixa etária — em que se achem. Incentivando nossas crianças a celebrarem deste modo a véspera de Todos os Santos, começaremos a prepará-los desde já para a celebração plena desse mistério no Céu’.
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