Você sabe por quanto tempo o sacerdote pode ficar em uma Paróquia?

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Na Igreja Católica é bem comum ter mudanças de padres entre as Paróquias. O que gera um misto de sentimentos nos fiéis. A alegria em receber um novo padre e, ao mesmo tempo, a saudade que alguns dos sacerdotes deixam.

Código de Direito Canônico incentiva a estabilidade de um pároco, mas diz que os padres devem ser designados a uma paróquia por um período “indeterminado” de tempo, vejamos a citação:

“Importa que o pároco goze de estabilidade, e por isso seja nomeado por tempo indeterminado; só pode ser nomeado pelo Bispo diocesano por um prazo determinado, se isto tiver sido admitido pela Conferência episcopal, mediante decreto.” Cân. 522

Ainda de acordo com o Direito Canônico, no Brasil, o sacerdote fica em média seis anos em uma Paróquia, exercendo as funções confiadas ao pároco. Mas esse período vai depender das necessidades da comunidade, do padre e também da diocese.

Quem define a permanência é o Conselho Presbiteral, que é constituído pelo bispo da diocese ou arquidiocese em questão e alguns padres por ele escolhido. Segundo as Leis da Igreja, essa transferência pode ser voluntária, ou seja, a pedido do padre, ou por obediência, quando a determinação vem do próprio Bispo.

A obediência é própria do sacerdote que fez o juramento dos votos na ordenação. As mudanças, geralmente, são avaliadas por um conselho formado por bispos e padres, o Conselho Presbiteral, e demandam longas conversas. Porém é importante elencar que as transferências de padres fazem parte da autoridade episcopal.

Ainda sobre as transferências, o Código de Direito Canônico ressalta:

“Se o bem das almas ou a necessidade ou a utilidade da Igreja exigirem que o pároco seja transferido da sua paróquia, que rege com fruto, para outra paróquia ou para outro ofício, o Bispo proponha-lhe por escrito a transferência e aconselhe-o a que aceda por amor de Deus e das almas.” Cân. 1748

Resumindo: a escolha do sacerdote para cada paróquia, o tempo em que ele lá permanecerá e suas transferências cabem ao bispo diocesano e este tenta responder às demandas pastorais de cada comunidade.

Por: Lucas Henrique
Mestre de Cerimônias

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